Desvalorização de 2,59% levou a moeda norte-americana a R$ 5,517, menor patamar desde a quarta-feira da semana passada
O dólar caiu pela segunda vez consecutiva nesta terça-feira (28), mas não conseguiu fechar o dia negociado abaixo dos R$ 5,50. A movimentação ocorre após a divisa registrar recordes nominais ao final da semana passada com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.
Na sessão, a moeda norte-americana desabou 2,59% e passou a valer R$ 5,517. Trata-se do menor patamar de fechamento desde a quarta-feira da semana passada (R$ 5,3092). Na mínima do dia, o dólar desceu a R$ 5,4720, desvalorização de 3,39%.
O comentário no mercado é que o desmonte de posições em dólar pode estar relacionado à percepção de que, com a saída de Sergio Moro do governo, o presidente Jair Bolsonaro poderia se sentir mais “dependente” do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Uma turbulência contínua nos mercados — como a vista na semana passada na esteira da atribulada saída de Moro — poderia prejudicar mais a avaliação geral sobre o governo.
Na véspera, Bolsonaro deixou claro que Guedes continua com a palavra final nos gastos federais, dizendo que “o homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes”, numa demonstração pública de apoio ao ministro, que havia atraído especulações de que poderia ser o próximo a deixar o governo depois de Moro.