41 mil doses da vacina Janssen serão remanejadas aos 66 municípios de Mato Grosso do Sul que não participaram do cinturão de uminzação. O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, confirmou o quantitativo e que as equipes de vacinação de cada uma das cidades poderão retirar as doses, neste sábado, a partir das 7h, na central de distribuição da secretaria estadual de Saúde (SES).
Resende explicou que o quantitativo de doses remanejadas do estudo científico vai muito além das 41 mil, já que a SES enviou aos municípios ainda nesta semana 20 mil doses da Janssen as cidades que não participaram da cinturão de imunização. Somando os quantitativos, o repasse pode chegar a mais de 60 mil doses únicas do imunizante produzido pela Johnson & Johnson.
“Mais uma vez mostramos que acertamos em cheio no projeto. O estudo é bom para todas as 79 cidades de Mato Grosso do Sul. No final todos acabaram ganhando”, pontuou Resende.
O “maior” estudo de imunização em massa do Brasil, realizado em 13 cidades de região de fronteira do Mato Grosso do Sul, atingiu 90% do público alvo vacinado, de acordo com o secretário.
Desde a última sexta-feira (2), moradores dessas cidades, acima de 18 anos, receberam doses únicas da Janssen e mais de 95 mil pessoas receberam a dose única do imunizante.
Para que as cidades alcancem 100% da população adulta imunizada contra a Covid, Resende explicou que os 13 municípios que fazem fronteira com a Bolívia e o Paraguai mantiveram uma reserva estratégica de doses da Janssen.
O estudo
Com as 165 mil doses da Janssen, vacina contra Covid em dose única, que o estado recebeu no final de junho, foi criada a estratégia de formação de um “cinturão de imunização” em 13 cidades do estado que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia.
A iniciativa faz parte de estudo do Vebra Covid-19 (Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19), que tem como objetivo principal pesquisar a efetividade e impacto da vacinação em massa na região de fronteira, que alcançará pessoas entre 18 a 50 anos na região.
O “cinturão de imunização” é comandado pelo médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda. O estudo, além da Fiocruz, envolve também a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Stanford University, Yale University, Instituto de Salude Global de Barcelona, Universidade da Flórida e outras instituições científicas.
Croda explica que após 14 dias da aplicação da dose única da Janssen, tempo estimado para a imunização com o produto produzido pela Johnson & Johnson, serão feitas análises sobre a possível redução de riscos de forma sintomáticas, graves e óbitos pelo novo coronavírus.
Outro objetivo é avaliar a eficácia da vacina perante as variantes da Covid. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES, Mato Grosso do Sul possui 14 variantes do coronavírus em circulação no estado.