Grilos ‘invadem’ casas de Corumbá

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A “invasão” de grilos em Mato Grosso do Sul tem chamado a atenção de moradores de todo o estado. A ‘cantoria’, os aparecimentos repentinos e até a quantidade de insetos está tirando a paciência e o sono de muita gente. A explicação da biologia para este fenômeno, o clima, mostra que a estadia dos grilos ainda deve perdurar por um tempinho no estado.

Cansada de tantos bichinhos na residência, a dona de casa Hildaci Salles, moradora de Campo Grande, filmou a invasão. “Desde a semana passada tem muito grilo em casa. Limpei a casa e matei mais ou menos uns 11, joguei inseticida e ainda assim consigo ouvir barulho dos bichos e tem mais entrando na minha casa.

De acordo com o biólogo José Milton Longo, o som reproduzido é a maneira do grilo macho chamar a fêmea para o acasalamento. E cada uma bota cerca de setenta a oitenta ovos, o que facilita a reprodução.

Apesar de entender a importância dos grilos para o equilíbrio ecológico de um ecossistema, a estudante Luiza Queiroz se incomoda com o barulho. “Ontem mesmo faltou luz aqui em casa e precisei abrir a janela, aí o som ficou mais alto ainda. Está bem complicado para dormir, por exemplo, e todos os dias aparecem pelo menos um ou dois aqui no meu quarto”, afirma.

O biólogo José Milton também explica que o tipo de grilo encontrado é bem comum no Centro Oeste e que as condições climáticas ajudaram a aumentar o número de insetos nas cidades de Mato Grosso do Sul. “São respostas aos últimos eventos ambientais, uma seca mais prolongada com a finalização da época chuvosa, com temperaturas mais elevadas durante a noite. Isso é um estímulo para a reprodução dos grilos”, constatou.

A estimativa de Longo é de que a cantoria dos insetos ainda perdure por algum tempo, já que o clima não deve ter forte alteração neste mês, por exemplo. “O frenesi dos grilos se acaba com a estação reprodutiva, provavelmente com a entrada do frio no estado. Com a intensidade do tempo mais frio, essa população de insetos se auto regula e volta para as condições normais”, finaliza o biólogo.

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