O fato aconteceu em Três Lagoas na região leste do estado, passou por audiência de custódia e deve responder aos cinco crimes em liberdade. No depoimento à polícia, ela disse que se colocou no lugar da mãe e por isso decidiu levar o menino, antes que o Conselho Tutelar o levasse para acolhimento.
“Ela disse isso, que ficou nervosa, se colocou no lugar da mãe e aí houve essa tentativa de fuga para não deixar o recém-nascido ser acolhido. A suspeita não respeitou a ordem de parada e somente parou quando chegou na frente da casa dela. Além dela, a mãe, a irmã e o próprio filho também participaram desta tentativa de fuga, em que chegaram a agredir um dos policiais militares”, afirmou ao G1 o delegado Rodrigo Esperancim, responsável pelas investigações.
Conforme o delegado, a mãe do recém-nascido seria moradora de rua e depois passou a morar na casa da mãe da suspeita. Neste período, a promotoria soube da gravidez dela e já havia determinado o recolhimento da criança, algo que foi comunicado ao Conselho Tutelar. Quando eles chegaram para cumprir a determinação, a suspeito rapidamente pegou a criança e saiu do hospital.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e começou a perseguição. No trajeto, a mulher recebeu ordem de parada, mas, não respeitou e ainda dirigiu na velocidade acima do permitido. Quando o carro parou, a motorista desceu e estava com o comportamento “alterado e agressivo”.
Ela recebeu voz de prisão, momento em que o filho dela, de 20 anos, tentou impedir e agrediu um dos militares, sendo que a suspeita também deu chutes, ainda conforme a ocorrência. O rapaz foi abordado e estava com porções de droga.
Ambos foram levados para a 1ª Delegacia de Três Lagoas. Já o recém nascido foi acolhido pelo conselho tutelar e levado diretamente para maternidade do Hospital Auxiliadora, onde ficará sob cuidados médicos até sua liberação.
A suspeita deve responder pelos crimes de desacato, desobediência, lesão corporal dolosa, resistência e o fato de trafegar com velocidade incompatível. Já a mãe do recém-nascido, de 24 anos, foi qualificada como testemunha.