gisto do Pintado a Urucum e da Farinha de Bocaiúva, como Bens Culturais do BrasilPatrimônio
O vereador Manoel Rodrigues apresentou dois requerimentos em regime de urgência especial na última sessão ordinária da Câmara, sugerindo às autoridades municipais, a inclusão do Pintado a Urucum e da Farinha de Bocaiúva, no Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Os dois pedidos foram direcionados ao diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Silva da Cruz.
Manoel lembrou que o “Filé de Pintado a Urucum” é um prato típico corumbaense, criado por João Claudelino Fonseca da Silva, nascido em Albuquerque, distrito de Corumbá, em 23 de outubro de 1941, e que aos 15 anos de idade, iniciou seu trabalho como auxiliar de cozinha na Sociedade Brasileira de Mineração Ltda., onde ficou durante os anos de 1956 e 1963, retornando como cozinheiro mestre em 1971.
Em 1975 abriu seu primeiro restaurante em Corumbá. Trabalhou ainda como cozinheiro mestre na empresa Urucum Mineração durante cinco anos. E foi justamente o Morro do Urucum que deu origem ao “Filé de Pintado a Urucum”, famoso em toda a região do Pantanal, e também em outras cantos do Brasil.
Manoel, em sua justificativa, destacou que “a bagagem gustativa, acumulada ao longo da vida, nutre o comportamento alimentar, e nos liga diretamente à nossa identidade. A comida é expressão da cultura, portanto se valida o pedido de eternizá-la historicamente concedendo o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.
FARINHA DE BOCAIÚVA
O vereador está buscando também a inclusão da “Farinha de Bocaiúva” no Registro de Bens Culturais de Natureza Material e Imaterial, concedido pelo IPHAN. Trata-se de um produto típico da região, utilizado no preparo de inúmeros pratos.
A farinha da bocaiuva possui alto conteúdo proteico, significativo valor energético e grande concentração de carboidratos, especialmente se comparados com outras frutas do cerrado.
Extrativistas e artesãos de Corumbá, aumentam e muitos até mesmo vivem exclusivamente da renda da produção artesanal e comercialização de produtos alimentícios a partir do fruto da bocaiuva, como a farinha, sorvetes, pães e licores.
“A polpa de bocaiuva é beneficiada e transformada em farinha na Casa do Artesão de Corumbá, onde é vendida para turistas, restaurantes da região e de outras regiões do Brasil, espalhando cultura culinária e a nossa diversidade gastronômica, o que justifica o nosso pedido”, reforçou