Aos 38 anos, a sul-mato-grossense Gisele Bittencourt Venâncio alcançou um resultado de tirar o fôlego em sua estreia na Maratona de Berlim 2024: a 3ª colocação entre as brasileiras que disputaram a prova. A conquista da personal trainer completou um mês no último dia 29 de outubro.Gisele fechou a 50ª edição da Maratona com o tempo de 2 horas 46 minutos e 22 segundos, pouco menos de cinco minutos de diferença para a primeira colocada, que chegou na marca de 2 horas 41 minutos e 26 segundos.
“Eu treinei muito, foram quatro meses de preparação. Por índice de outra prova eu não fiquei entre a multidão de corredores lá atrás, consegui sair mais na frente, então isso favoreceu pra eu conseguir performar”, explicou.
A prova faz parte das “World Marathon Majors”, que é o circuito com as seis corridas mais famosas do mundo, sendo elas a de Berlim, Boston, Chicago, Londres, Nova York e Tóquio.
Eliud Kipchoge usando as fitas aerodinâmicas nas pernas na Maratona de Berlin de 2018
O circuito existe desde 2006 e é importante para os atletas de elite, já que contam pontos para o ranking dos atletas, além de ter premiação em dinheiro elevada. Mas os corredores amadores também sonham em viver essas provas.
“É o sonho de praticamente todos os corredores e você fechando essas seis maratonas você completa uma mandala, então Berlin foi a minha primeira Major”, contou.
Estreando em uma Major, Gisele ficou admirada com o tamanho da estrutura da prova, que recebe pessoas de várias partes do mundo. Uma experiência que ficará eternizada na memória.
Mais de 50 mil pessoas participaram da prova neste ano, correndo 42km em um percurso que começa e acaba próximo ao Portão de Brandemburgo, que marca a divisão da cidade antes da reunificação da Alemanha.
Gisele Bittencourt nos preparativos para a Maratona de Berlin 2024. —
A corredora amadora sentiu que o clima mais ameno na capital alemã ajudou no desempenho de prova, já que está acostumada a treinar em Dourados, cidade em que mora desde 2006, e tem clima mais quente.
“Quando eu olhava no meu relógio eu nem acreditava que eu estava naquele ritmo, que eu tava tão bem. Eu consegui manter um ritmo bem constante até o final. Acredito que foi por ter treinado em tudo que é dificuldade aqui”, avaliou.
Durante o preparo, Gisele fez vários treinos focados na elevação, que são considerados mais duros, em locais com subidas mais íngremes, afim de condicionar o corpo, mesmo Berlin sendo uma prova plana.
“Treinei com chuva, com sol, fumaça, então isso fez com que eu estivesse muito mais condicionada do que eu imaginava. A prova foi “só” a cereja do bolo, o mais difícil foi manter a rotina de treino”, revelou.
O resultado acima do esperado fez Gisele renovar o sonho, que antes era de participar de uma Major, e agora é completar a mandala das seis maiores maratonas do mundo.
Um objetivo audacioso, mas possível para quem mais do que acredita, se dedica.
“Não era um sonho até pouco tempo atrás, mas depois que eu entendi que eu sou capaz, passou a ser meu sonho. Agora comecei esse grande projeto, não sei quando, mas de completar essa mandala”, destacou.
As Majors são realizadas anualmente, começando pela de Tóquio, em fevereiro, seguindo para as de Boston e Londres, em abril. Setembro é o mês da Maratona de Berlin, em outubro a de Chicago e, por fim, a de Nova York em novembro.
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