De acordo com decisão, Matheus Nucci vai responder pelos crimes de homicídio e estupro. Crime aconteceu em julho de 2019, em Nova Andradina.
Acusado de estuprar e matar a facadas a tia de 64 anos,Mathue Nucci foi condenada a 19 e 9 meses de prisão em julgamento realizado nesta quinta-feira (1º), em Nova Andradina, a 296 quilômetros de Campo Grande.
Depois de oito horas, a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, que presidiu o júri, anunciou a pena recebida pelo réu, sendo esta de 13 anos e 9 meses por homicídio e mais seis anos por estupro.
Ao G1, os advogados de defesa, informaram que consideraram satisfatório a decisão depois que a Justiça determinou o tratamento para o réu que sofre de síndrome de borderline, ainda que não reconhecida a semi imputabilidade do réu, o tratamento foi autorizado e determinado pelo juiz.
Jovem confessa que matou tia de 64 anos, em Nova Andradina (MS). — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Lúcia Maria Bezerra foi encontrada morta dentro de sua casa na noite do dia 19 de Julho de 2019. O corpo dela estava sem roupas e com um ferimento na cabeça. Ela morava sozinha e a porta da casa dela estava arrombada.
Seis dias depois do crime, Matheus, na época, com 24 anos, foi preso após confessar que estuprou e matou a facadas a tia. Ele estava em um assentamento rural da região e disse à polícia que “Não tinha intenção, mas deu vontade”.
Na época, ao delegado Rafael Carvalho, o rapaz contou que no dia crime, chegou à casa da tia após ter consumido bebida alcoólica, pulou o muro e ao entrar no imóvel, a violentou sexualmente. Por ter sido reconhecido pela vítima, usou uma faca para matá-la.
Polícia no local onde a idosa foi encontrada morta — Foto: Reprodução/TV Morena
O delegado informou que um policial foi instruído a comparecer ao velório da idosa para visualizar atitudes estranhas de pessoas e levantar possíveis suspeitos. O agente observou que o sobrinho estava com marcas e arranhões na região do rosto.
A delega da Delegacia da Mulher (DAM) de Nova Andradina, Daniella Nantes, disse que durante as investigações, haviam cinco suspeitos e que o jovem, por trabalhar em uma empresa que viajava para vários estados, foi o último a prestar depoimento.
Conforme a delegada, o jovem tinha convivência com a vítima e algumas vezes chegava a dormir em um quarto aos fundos da residência dela. No dia do crime, ele monitorou o local e mesmo não tendo certeza de que um dos filhos dela poderia estar na casa, decidiu pular o muro.
O homem observou a idosa no momento em que ela levantou-se à noite para ir até a cozinha, arrombou uma das portas e agarrou a idosa. Em luta corporal, os dois caíram ao chão e a idosa reconheceu-o, chamou pelo nome e disse que contaria para a mãe dele, segundo o depoimento.