Idoso esquartejado por salgadeira foi acusado de estuprar neta de 11 anos da ex-esposa falecida

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos, morto esquartejado pela própria esposa, de 61, na cidade de Selvíria, a 399 quilômetros da Capital, já respondeu pelo crime de estupro de vulnerável contra a neta de consideração, em agosto de 2020. A vítima, que na época estava com 11 anos, era neta da ex-esposa dele, que havia acabado de falecer.

A mãe da vítima informou que no dia do crime acontecia um almoço em família na casa dela e Antônio estava entre os convidados. Ela teria estranhado o fato da filha estar nervosa na presença do idoso, a quem considerava como avô, já que Antônio havia sido casado com a avó da mulher, já falecida.

Após as visitas irem embora, a mulher foi conversar com a filha para saber o motivo dela estar nervosa. Assim, a menina, que na época tinha 11 anos, relatou que Antônio teria mostrado seus órgãos genitais e passado as mãos nas partes íntimas dela.

A vítima ainda disse que Antônio “ficava pedindo para ela pegar em seu órgão genital”, e que os abusos ocorriam há cerca de dois anos. Após a ex-esposa de Antônio falecer, a mãe da menina teria o levado para morar na casa dela.

Segundo a mulher, Antônio teria retornado após o almoço na casa dela, já no período da noite, portando uma faca e insistindo para conversar com ela. A mulher afirmou que Antônio sabia que o marido dela não estaria em casa, já que trabalha a noite.

A mãe da criança acredita que Antônio teria voltado no imóvel “com o intuito de fazer alguma maldade”, pois ela teria dito a ele que iria procurar a delegacia para contar o ocorrido com a filha, além de contar para o marido quando ele retornasse do serviço, pela manhã. O caso foi registrado como ameaça e estupro de vulnerável.

Parte do corpo foi encontrada em mala à beira de rodovia | Foto: (Divulgação/PCMS)

Morto esquartejado

Antônio morreu depois de tomar veneno de rato dado pela esposa, que acabou presa após a descoberta do crime no fim de semana. Além de matar, a mulher também esquartejou o corpo do marido e guardou partes em um freezer, que também era usado para guardar salgados e outros itens que ela vendia.

A mulher teve a prisão preventiva decretada nesse domingo (28), em audiência de custódia. Segundo o delegado Felipe Rocha, a idosa disse ter dado veneno de rato para o marido por volta das 10 horas da manhã do dia 22 deste mês, sendo que Antônio morreu por volta das 18 horas.

O idoso passou mal na cama do quarto por um período de pelo menos 8 horas. Em depoimento, a salgadeira disse que depois de dar o veneno para o marido, ia de 10 em 10 minutos ao quarto para ver se Antônio tinha morrido.

Após perceber que o marido estava morto, já que ele ficou com olhos vitrificados, ela colocou um lençol em cima do corpo e foi dormir em outro quarto da casa. Só no dia seguinte, preocupada com o que iria fazer com o corpo de Antônio, ela resolveu esquartejar a vítima. 

Experiência em matar porcos

O tronco de Antônio foi colocado dentro de uma mala, e a salgadeira deu em depoimento detalhes macabros de que foi difícil ‘acomodar’ o tronco do marido dentro da mala, devido ao tamanho e aos ossos do pescoço. A autora teria conhecimento de como desmembrar um corpo, já que segundo ela tinha experiência em matar porcos. 

Depois, ela desmembrou as pernas, os braços e a cabeça, que foram colocados dentro de sacos pretos e acondicionados dentro de um freezer, na sua casa. Com medo que começassem a dar falta de Antônio e o corpo começasse a cheirar mal, ela resolveu se livrar das partes. 

Como a mala onde estava o tronco era pesada e a mulher não conseguia carregar sozinha, ela pediu ajuda a dois vizinhos para colocar a mala no carro. Eles ainda teriam questionado o peso e o mau cheiro, mas ela deu a desculpa de que na mala havia retalhos de pano e por ter colocado veneno de rato na casa, poderia haver bicho morto nos retalhos.

Ela foi até a estrada no sentido a Três Lagoas e jogou a mala na beira da rodovia, voltando para casa em seguida.

No outro dia, quinta-feira (25), a mulher não conseguiu se desfazer do restante do corpo, pois o carro havia apresentado problema. Então, na sexta (26), conseguiu deixar as outras partes também na saída para Três Lagoas.

Ela chegou a dizer para os vizinhos que parentes do marido haviam levado ele para tratamento em São José do Rio Preto, em São Paulo, depois de questionarem o sumiço de Antônio. 

‘Cansada de cuidar’

Antônio sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e tinha dificuldades de locomoção, e segundo a mulher, apesar dos cuidados, o marido, antes de sofrer o AVC não a valorizava, ameaçando e dizendo que ela o roubava. Ela falou que era maltratada por ele.

Em interrogatório, a idosa contou que se lembrou de quando a irmã quase morreu ao ingerir veneno de rato, e por isso, resolveu dar ao marido, dizendo que era remédio. Ao anoitecer, constatou que o marido já havia morrido e ela cobriu o corpo com um lençol.

Mais Artigos

A Luta Contra a Dengue Continua em Corumbá,MS

Somente em 2020 os agentes de saúde já realizaram mais de 25 mil visitas domiciliares, orientando os moradores a como se prevenir da dengue, eliminando focos, fazendo bloqueio