Prefeitura vai coordenar integração logística entre Corumbá e Norte da Argentina

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

Com total apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Prefeitura de Corumbá vai coordenar a integração logística entre a região pantaneira e as cidades de Salta, Jujuy e Tucuman, todas localizadas no norte da Argentina. O tema foi debatido durante reunião online realizada na tarde dessa quarta-feira, 8 de setembro, e que contou com a presença do ministro da carreira diplomática do MRE, João Carlos Parkinson.

Participaram da agenda o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Augusto da Costa Marques, o assessor especial da Prefeitura, Élbio Mendonça, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá (ACIC), André Campos, do vereador Manoel Rodrigues, e do diretor da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS) na região, Lourival Vieira, que também atua como gerente de Comércio Exterior no Executivo Municipal.

“A ideia é estabelecermos um documento, elaborado pelo MRE, definindo algumas diretrizes e colocando Corumbá na coordenação desse trabalho. O principal objetivo é promover essa cooperação comercial com as cidades do norte Argentino, principalmente no que se refere a logística ferroviária”, que é estratégica não só para o mato Grosso do Sul, mas também para o Brasil”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável.

Cássio Marques lembrou ainda que a Prefeitura integra o grupo de trabalho que debate a viabilidade do acesso ferroviário ao corredor bioceânico – ligando Corumbá até Antofagasta, no Chile, através da Bolívia e Argentina – e destacou o empenho do prefeito Marcelo Iunes durante todo o processo de estudo da viabilidade técnica, política e financeira dos corredores bioceânicos, retomado efetivamente em 2017.

A FIEMS também vai participar do grupo de trabalho que envolve ainda empresários argentinos e brasileiros, além dos presidentes das Câmaras de Comércio Exterior de Salta, Jujuy e Tucuman. Na avaliação do chefe de gabinete da presidência da FIEMS, Robson Del Casale, a Federação das Indústrias têm interesse em trabalhar nessa discussão. “Principalmente quanto ao ponto de vista empresarial de política de fomento ao desenvolvimento industrial do Estado”.

Segundo a FIEMS, a Argentina é o quarto principal comprador de produtos de Mato Grosso do Sul, sendo responsável por US$ 199 milhões ou 3% da receita total exportada pelo Estado no ano de 2020 (US$ 5,8 bilhões). Em volume, foram vendidos 1,4 milhão de toneladas de produtos de MS para a Argentina. Em contrapartida, o país vizinho é o 16.º principal fornecedor de produtos para Mato Grosso do Sul, com US$ 6,5 milhões ou 0,3% do valor total importado pelo Estado no ano de 2020 (US$ 1,9 bilhão).

Para o chefe de gabinete da presidência da FIEMS, a viabilização de novos corredores logísticos ligando os dois países deve ampliar os negócios. “Entendemos que isso pode favorecer o comércio entre Corumbá e o Norte da Argentina. Por isso, vale destacar ainda que temos aqui o CIN (Centro Internacional de Negócios), vinculado ao IEL, que pode ajudar nas relações comerciais entre os dois países”.

O ministro Parkinson destacou que com uma integração maior entre Corumbá e o Norte da Argentina, as duas regiões deverão gerar novos fluxos de comércio, atraindo investimentos e gerando mais empregos. “Temos uma produção complementar e podemos usar isso para intensificar essa integração. Com isso, teremos mais investimentos para novas alternativas logísticas, que vão facilitar ainda mais essas relações comerciais”.

Na mesma linha, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Corumbá, Cassio Augusto da Costa Marques, reforçou que com a atração de novos investimentos em logística, uma alternativa viável é a revitalização da malha Oeste ferroviária. “Se apresentarmos o potencial comercial entre Corumbá e o Norte da Argentina, com a quantidade de carga que pode ser movimentada entre as duas regiões, podemos acelerar essa revitalização, além de trazer novos investimentos em outros modais”.

Mais Artigos