Campo Grande possui uma fila de 32 pacientes à espera de leitos clínicos e de terapia intensiva (UTIs) para o tratamento da Covid-19, de acordo com a secretaria municipal de Saúde (Sesau) da Capital. O problema é que a conta entre a quantidade de UTIs e pacientes aguardando uma vaga não fecha. Ainda conforme a Sesau, nesta quinta-feira (11), há apenas 14 UTIs disponíveis em Campo Grande.
Nesta quinta (11), a taxa de ocupação das UTIs destinadas a pacientes com Covid-19 está em 108% em Campo Grande, segundo dados do sistema “Mais Saúde”, plataforma do Governo do estado que mostra a situação nos hospitais. O número da taxa de ocupação passa de 100%, pois hospitais estão utilizando leitos clínicos como se fossem habilitados para operarem como UTIs.
De acordo com a Sesau, Campo Grande possui 295 leitos de UTIs aptos ao Sistema Único de Saúde (SUS) contratualizados em hospitais públicos, privados e filantrópicos. A secretaria explicou que no início da pandemia a cidade possui apenas 116 leitos críticos, atualmente, o número aumento 154% em comparação a realidade no início de 2020.
A Sesau explica que não utiliza os leitos que estão sobrando para atender os pacientes que estão na fila, porque eles apresentam um quadro estável e podem melhorar. Caso a situação se agrave, estas pessoas que estão aguardando poderão ser encaminhados para esses leitos estratégicos.
“Se continuarmos com a produção de novos casos, nós vemos a superlotação dos hospitais. Infelizmente, vamos ver uma situação muito triste. Nós vemos as pessoas fazendo festas e aglomerações, nós vamos ter um quadro muito triste, os hospitais não conseguem mais internar as pessoas”, destacou Christovam Barcellos