Dois homens, de 26 e 31 anos, foram presos pela polícia de Caarapó, na região sul do estado, após abordarem um homem de 40 anos e se envolverem em uma discussão. Em seguida, conforme a investigação, a vítima foi acusada de furto e levada para uma região de mata pelos suspeitos. Ele ficou 10 dias perdido e a polícia até acreditou que estivesse morto, quando o encontrou nessa quinta-feira (11).
“Um dos autores o acusava de ter furtado objetos de uma oficina de motos. Na madrugada do dia do crime, o encontraram e levaram para um local ermo. A família registrou o desaparecimento e, quando soubemos da briga entre eles, a investigação já caminhava com uma tentativa de homicídio ou então com a hipótese dele estar morto, após 10 dias. Só que nós o encontramos perdido na mata”, afirmou ao G1 o delegado Erasmo Cubas, responsável pelas investigações.
Homem estava debilitado e apenas tomou água de brejo, diz polícia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Conforme o delegado, a vítima “estava com a saúde bem debilitada e não respondia aos questionamentos”. Além disso, “não sabia responder nada e somente falava palavras aleatórias”, sendo que, provavelmente não se alimentou e tomou apenas água de um brejo existente no local.
No dia 1° de março, quando registrou a ocorrência, a mãe disse que o filho foi visto, pela última vez, por volta das 18h (de MS). No depoimento, a mulher falou que “ele estava de boa em casa” e não tinha sofrido ameaças. No entanto, ainda conforme o depoimento, depois ela soube que ele poderia ter sido agredido por uma pessoa da cidade, o qual ela informou o primeiro nome.
“Nós pedimos a prisão temporária dos suspeitos e, ao localizarmos, conseguimos achar o paradeiro da vítima também. Os envolvidos já prestaram depoimento, só que vamos manter em sigilo alguns detalhes, por enquanto. Com a investigação, eles iriam responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, só que houve a localização da vítima e agora respondem por tentativa de homicídio”, finalizou o delegado.
Bombeiros fazendo atendimento à vítima em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação