Marx Honorato Ortiz, de 38 anos, estava preso desde julho após supostamente realizar ameaças a juiz, advogada e outras duas pessoas. Ele respondia processo por homicídio doloso e exercício ilegal da medicina em liberdade
Acusado de ter atuado como médico sem ter formação na área,e que deu diagnóstico errado a um paciente Marx Honorato Ortiz teve a prisão preventiva revogada nesta terça-feira (3). O réu estava preso desde julho, após ter sido acusado de realizar ameaças a juiz, advogada e outras duas pessoas em Sete Quedas, a 469 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com o juiz Vinicius Aguiar Milani, as investigações sobre o caso apontaram que não havia como afirmar que Marx foi o autor das ameaças e que, portanto, a prisão preventiva não era justificável. O réu respondia por homicídio doloso e exercício ilegal da medicina em liberdade.
Ortiz é acusado de utilizar documentos médicos de outra pessoa e, sem ser habilitado, expor a vida da população ao risco constante. Ele também é acusado de homicídio doloso na morte de João Maria Padilha da Silva, de 56 anos, no hospital municipal de Paranhos, no sul do estado, em 2014. O homem teria procurado o hospital após passar mal e foi mandado para casa por Marx. Pouco depois, ele precisou ser internado novamente e acabou falecendo.
De acordo com o advogado de Marx, Emerson Ottoni Prado, o réu respondia o processo em liberdade e estava em dia com a justiça, quando o novo pedido de prisão preventiva foi realizado. Prado afirmou que o cliente dele foi vítima de um golpe. “Um homem que tem brigas pessoais com o Marx fez as ameaças e acusou meu cliente. Mas parabéns ao juiz que realizou a investigação correta e viu o que de fato ocorreu”, disse ao G1.
Prado ainda sustentou que Marx tem o curso de medicina, mas que teria sido feito na Bolívia. Ortiz, porém, não realizou o Revalida, exame que serve para validar o diploma de medicina obtido fora do Brasil. O julgamento do réu, que seria realizado na próxima quarta-feira (4) foi adiado e ainda não há uma nova data prevista.