A escola Jatobazinho, às margens do Rio Paraguai, no Pantanal sul-mato-grossense, recebe cerca de 40 crianças de famílias ribeirinhas, que estudam do 1º ao 5º. A unidade funciona como internato, em que os alunos, além de estudar, também vivem em alojamentos anexo ao prédio principal de segunda-feira à sábado.
Na tarde de quinta-feira (6), a proximidade fogo causou desespero na equipe que atua na escola. Vídeos enviados à reportagem mostram como as chamas avançaram rapidamente, colocando em risco alunos e profissionais.
“Meu Deus do céu! O fogo se espalhou de forma inacreditável. Ontem, as chamas não estavam próximas à escola, mas hoje já chegaram. Há muita fumaça e todos estão com problemas respiratórios. O fogo está se alastrando muito rápido. É desesperador!”, relata uma profissional da unidade escolar.
Enquanto em 2023 foram registrados 91 focos de incêndio pelos pesquisadores, entre os meses de janeiro e junho, em 2024 o índice saltou para 939, no mesmo período.
Segundo os bombeiros atuam na área, foi utilizado um trator e um caminhão pipa de uma fazenda da região de porto laranjeira, para combater as chamas na região. No entanto, o fogo contornou e chegou próximo a escola. Nesta manhã um avião Air Trakctor chegou na região para fazer o combate aéreo.
Ainda no pantanal, em Forte Coimbra a área queimada foi de 559 hectares e no no Paraguai Mirim os focos de incêndio se intensificaram.
Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano, contra 52 no ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado, equipes conseguiram contem o fogo em três Parques Estaduais: Pantanal do Rio Negro (Pantanal); Nascentes do Taquari (Cerrado) e Várzeas do Rio Ivinhema (Mata Atlântica).