Forças Armadas empregam 800 militares em nova fase de combate ao garimpo na TI

Publicado em

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on pinterest
Pinterest

 As Forças Armadas estão mobilizando 800 militares, além de meios fluviais, terrestres e aéreos, para as ações de enfrentamento ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), nos estados do Amazonas e de Roraima. Para as ações de desintrusão, são empregadas quatro aeronaves. As medidas fazem parte da segunda fase da Operação Catrimani, iniciada em abril e coordenada pelo Ministério da Defesa (MD). Na TIY, vivem aproximadamente 27 mil indígenas. A região compreende uma área maior do que Portugal e abriga densas florestas, sem estradas e com poucos rios navegáveis em períodos de seca, o que dificulta o acesso.

Nesta segunda fase, as Forças Armadas atuarão na repressão ao garimpo ilegal na terra indígena, realizando operações conjuntas para inutilizar a infraestrutura de suporte à atividade ilícita e também no apoio logístico às atividades governamentais de emergência. A Portaria GM-MD Nº 1511/2024 detalha a Operação, prevista para seguir até 31 de dezembro deste ano.
Conforme a norma, o posto do Comando Operacional Conjunto Catrimani II localiza-se em Boa Vista (RR). As Forças Armadas atuam em articulação com as Agências e Órgãos de Segurança (AOS) e com a Casa de Governo, estrutura instalada em Roraima, em fevereiro, para fortalecer a proteção dos indígenas. A Casa de Governo é vinculada à Casa Civil da Presidência da República. 
Em março, o governo federal editou Medida Provisória (MP) com crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para atender ao plano de trabalho na TIY. A MP determina a divisão deste montante entre oito ministérios, sendo destinado ao Ministério da Defesa R$ 309,8 milhões, referentes ao emprego das Forças Armadas e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao MD.
Catrimani I – Na primeira fase da Operação Catrimani, ocorrida de janeiro a março deste ano, as Forças Armadas prestaram atendimento humanitário a 236 comunidades indígenas da TIY, transportando cargas, combustível e realizando evacuações aeromédicas, além do apoio a operações da Polícia Federal e Polícia Civil do Estado de Roraima.
O esforço logístico teve a participação de 374 militares, que realizaram a entrega de 15 mil cestas de alimentos (330 toneladas), utilizando 2,4 mil horas de voo para percorrer 680 mil quilômetros, distância equivalente a 17 voltas em torno da terra.
A partir de abril, a entrega de cestas de alimentos aos yanomamis passou a ser feita pelo governo federal, por meio da contratação de transporte civil, ficando a cargo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). As Forças Armadas, por sua vez, concentram esforços no enfrentamento ao garimpo, além de outras ações logísticas de apoio à operação que se façam necessárias.

Força-Tarefa – Desde janeiro de 2023, o MD integra a força-tarefa do governo federal para a proteção aos indígenas na TIY. Em cooperação interministerial, ao longo do ano passado, as Forças Armadas transportaram mais 760 toneladas de suprimentos e três mil pacientes, por meio aéreo, para tratamento de saúde especializado; efetuaram a detenção de 165 garimpeiros e a entrega de 36 mil cestas de alimentos.
Nessas ações, foram empregados 1,5 mil militares e 18 tipos de aeronaves da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que computaram mais de 7,4 mil horas de voo, o que representa mais de 1,6 milhão de quilômetros percorridos e mais de 40 voltas na terra.

Mais Artigos

Vacina, Pressa e Propaganda

Mundo afora, governantes transformaram o desenvolvimento de uma vacina contra o Sars-CoV-2 em uma corrida política. De Donald Trump nos EUA a Vladimir Putin na Rússia, promessas de