Juntamente com o anúncio de reajuste linear de 10% para os servidores de Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja apresentou também projeto de reestruturação da carreira na Polícia Militar. De acordo com o projeto, soldados e subtenentes terão salários de R$ 5 mil a R$ 11,4 mil, bem como será exigido curso de nível superior para ingresso.
O conteúdo ainda não foi divulgado na íntegra, mas informações extraoficiais divulgadas por Thiago Monaco Marques, presidente da AME-MS (Associação dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), apontam que haverá mudanças principalmente no que diz respeito ao número de níveis de promoção. “Não teremos mais sete níveis, e sim quatro”, explicou.
Ou seja, os níveis serão classificados de 1 a 4, sendo 1 para até 10 anos, 2 para 10 anos e 1 dia, 3 para 20 anos e 1 dia e quatro para quem tem mais de 30 anos de carreira. No nível 1, o reajuste será de 6,5%. Do nível 1 para o nível 2, haverá mais um reajuste de 6,5%. Do nível 2 para o nível 3, será um reajuste de 6,5% mais um reajuste de 7,0%. Por fim, no nível 4 será um reajuste de 6,5%, mais um de 7,0% e outro de 7,0%.
Desta forma, seguindo as projeções anunciadas por Monaco, o salário de um soldado seria definido em R$ 5.005,00, o de cabo em R$ 6.006,00, o de terceiro-sargento em R$ 7.207,00, o de segundo-sargento em R$ 8.288,00, o de primeiro-sargento em R$ 9.945,00 e o de subtenente em R$ 22.437,00. “O ingresso na carreira como soldado será exigido nível superior. Também terá percentuais de promoção por merecimento e antiguidade, para que possamos dar um melhor fluxo na carreira”.
Reajuste
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) apresentou na manhã desta terça-feira (16), na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), projeto de Lei com reajuste linear a 81 mil servidores ativos e inativos do Estado. O índice de aumento foi de 10%, ‘com abono anexado na tabela de vencimento de todos os servidores’, segundo Reinaldo.
A data-base também foi antecipada de maio para janeiro. O chefe do Executivo Estadual incorporou abono salarial ao salário base para todos os que já recebem, conforme já anunciado anteriormente. Neste sentido, há também carreiras que terão readequação, como na Polícia Militar e nos administrativos da educação.
Ao todo, são 15 projetos de lei próprios de reestruturação de carreiras. “Estamos discutindo com as categorias. Temos a questão dos administrativos da Educação, que tinham ficado para trás, temos a questão dos Bombeiros e PM, dos policiais civis e administrativos da Uems, das Uneis, são várias carreiras que têm suas próprias estruturas e precisam de um projeto específico”, explicou.