Assinado pelo prefeito Marcelo Iunes e publicado no Diário Oficial de Corumbá, nesta quinta-feira, 22 de abril, decreto municipal oficializando a criação do Comitê de Estudo, Proposição e Articulação com o objetivo de elaborar o Plano de Desenvolvimento Integrado, Fomento e Preservação Histórica e Ambiental do Distrito de Coimbra. Com a publicação, o próximo passo será as entidades contempladas designarem os nomes que irão integrar o grupo.
Desde que tomou ciência, em janeiro, da intenção do Exército em demolir um conjunto de dez casas localizadas na vila civil da localidade, a Prefeitura Municipal de Corumbá, por meio da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico passou a buscar diálogos com a Força Militar, IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e moradores para buscar alternativas à, então, possível demolição das construções históricas.
Já no primeiro contato com a organização militar no dia 12 de fevereiro, quando o general de Brigada José Luis Araújo dos Santos, comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira recebeu o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joílson Silva da Cruz, juntamente com o assessor-executivo, Sandro Asseff, e equipe da autarquia municipal, surgiu a proposição da criação do Comitê. Na ocasião, os representantes da autarquia deixaram claro, por meio de estudos técnicos, que o Município era contra a demolição.
“Precisávamos agir rapidamente e demonstrar a importância da localidade de Coimbra não apenas para a cultura, mas outros setores do município. Resguardar a presença dos civis em Coimbra é manter a história, a cultura daquele local, ainda mais quando do Forte está pleiteando um reconhecimento internacional pela Unesco”, lembrou Joílson ao destacar a candidatura do Forte Coimbra como patrimônio da Humanidade em conjunto com demais fortes brasileiros.
No mesmo mês, o prefeito Marcelo Iunes recebeu em seu gabinete uma representação da Associação de Moradores do Distrito de Coimbra. A presidente da Associação, Edir Silva, expôs a preocupação que rondava os moradores tradicionais com a ameaça da derrubada das construções que integram importante aspecto na configuração espacial da vila civil.
Ainda dentro das ações para resguardar as construções em Coimbra, a Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico solicitou reunião com o IPHAN que neste mês deliberou contra a demolição das casas da vila civil.
“A partir de agora, vamos estruturar em conjunto os caminhos para salvaguardar e desenvolver o distrito levando em conta suas peculiaridades e potencialidades”, observou Joílson Cruz.